Não o faça… Não cubra o carrinho!
Com a chegada do calor, é claro para todos nós que devemos proteger a pele dos membros mais jovens da família, uma vez que é mais vulnerável à radiação solar, e é óptimo que estejamos cientes disso.
Desde há alguns anos, tornou-se moda usar “mosquiteiros”, estes panos amorosos e versáteis, que são vendidos em qualquer loja de bebés e são úteis para muitas coisas, seja para limpar a baba, para os aconchegar com algo fino para os manter frescos, para evitar que lhes deem leite, etc., etc. O problema é que, durante anos, todos os verões tenho visto carrinhos de bebé cobertos com os famosos mosquiteiros para evitar que o bebé apanhe sol diretamente, mas os mosquiteiros para o carrinho de bebé não são uma boa ideia.
Qual é o problema em cobrir o carrinho com o mosquiteiro?
Esta prática tem um risco claro de sobreaquecimento do quarto do bebé. Ao criar um espaço fechado entre a capota do bebé e a alcofa, o calor é concentrado, e mesmo que se trate de um tecido fino, não há ventilação.
Com um gesto tão simples, podemos fazer com que o carrinho de bebé atinja temperaturas de cerca de 40 graus em poucos minutos, se o mantivermos ao sol, devido ao efeito de estufa.
Além disso, os pais não estão a alcançar o seu objetivo principal, uma vez que esta prática não protege a criança do sol, porque os tecidos dos cobertores ou mosquiteiros permitem a passagem da radiação solar.
Então, quais são as alternativas ao mosquiteiro para cobrir o carrinho?
Felizmente, como a proteção solar é um tema crescente, cada vez mais marcas de carrinhos de bebé estão a oferecer capotas UPF 50, ou seja, capotas que estão de facto a proteger o bebé dos raios solares. Até encontramos produtos com características muito boas, que nos oferecem uma grande cobertura, uma vez que são extensíveis e ventilados, para evitar o efeito de sobreaquecimento de que estamos a falar.
Portanto, se o fez uma vez, tem muitas razões para não o voltar a fazer, bem como alternativas seguras que irão de facto atingir os seus objetivos.
Marta Espartosa
Enfermeira Pediátrica
Também pode ler: PRIMEIROS SOCORROS, EM MENORES DE UM ANO
