Amamentar o nosso bebé é a melhor opção, mas nem sempre é fácil. No entanto, nos últimos anos, o número de mulheres que amamentam com sucesso os seus bebés tem aumentado. Mesmo assim, alguns dos que o experimentam acabam por desistir. Vamos conhecer as causas do abandono da amamentação.
Causas do abandno da amamentação
De acordo com um estudo realizado pelo Departamento de Saúde de La Ribera, as principais causas do abandono da amamentação são a baixa produção de leite e o bebé a ganhar pouco peso.
Este é um dos maiores estudos sobre aleitamento materno jamais publicados em Espanha. Envolveu a colaboração de 1.338 mães durante os primeiros três meses após o parto no Hospital de La Ribera. Estes dados correspondem a um período de 4 anos, de dezembro de 2012 a janeiro de 2017.
Como dissemos, as duas principais causas para a mãe parar de amamentar são a hipogalácia, ou seja, a baixa produção de leite, em 21,8% dos casos, e um ganho de peso do bebé inferior ao esperado, mesmo perda de peso, em 14,9% das mulheres.
Para Rafael Vila, que é responsável pela área da Mulher Integral do Departamento de Saúde de La Ribera, as duas causas estão relacionadas, pois levam à decisão de dar leite artificial ao bebé. Embora clarifique que no que diz respeito à hipogalácia, na maioria dos casos estas são apenas perceções subjetivas por parte das mães.
Outras razões para o abandono da amamentação
Entre as outras causas por detrás do abandono da amamentação estão problemas relacionados com as glândulas mamárias, tais como mamilos invertidos ou umbilicais, mastite, inflamação ou fissuras no mamilo. Vale também a pena mencionar alguns problemas do bebé, como o de ser hospitalizado ou sofrer de icterícia.
Rafael Vila comenta da seguinte forma:
Todas estas causas levam ao abandono da amamentação exclusiva nos primeiros dias de vida do recém-nascido, provocando um abandono posterior, entre um mês e dois meses, devido a causas como a incorporação da mãe no mercado de trabalho ou a sua capacidade mental para continuar a amamentar.
O estudo também esclarece que as mulheres que não são mães pela primeira vez mostram uma maior tendência para manter a amamentação exclusiva, sugerindo que a razão poderia ser que têm a experiência para ultrapassar os problemas que surgem no início.
Outros dados interessantes são que 29,1% das mulheres incluídas no estudo optam pela amamentação artificial desde o início, enquanto 68,2% optam pela amamentação. Estes números representam 7% mais mulheres que optaram por amamentar nos últimos anos.
De todas as mães que escolhem a amamentação exclusiva, 49,2% conseguem mantê-la aos 3 meses de idade, o que é 9% mais do que em 2012.