Trago-vos uma conversa que pode acontecer em qualquer encontro de pais:
– Vais vacinar o teu filho/a?
– Eu não tive dúvidas em vacinar-me, mas a verdade é que não estou nada decidida a vacinar o meu filho…
Esta conversa não vos é estranha? Neste momento é muito comum ouvi-la em parques, à saída da escola… no trabalho. E é completamente normal ter dúvidas sobre este tema, a final é algo novo, recebemos muita informação contraditória e, nós pais, damos voltas ao assunto, porque queremo-nos sentir seguros em cada passo que damos para os nossos filhos.
Para esclarecer as suas dúvidas, hoje trago muita informação. Vamos rever o que sabemos sobre a vacina do COVID e as crianças.
No início da pandemia, todos os olhos estavam nos nossos idosos e pessoas em risco, com quem o vírus era realmente muito cruel. Assim que disponibilizámos vacinas, foram as primeiras pessoas a recebê-las. À medida que as faixas etárias eram vacinadas, o vírus procurava nos grupos mais jovens formas de continuar a fazer das suas. Algo que todos temos claro e que é que, embora o vírus esteja atualmente a circular entre as crianças, as consequências para elas não são, felizmente, tão graves como para os idosos, e para a maioria é uma infeção leve.
A Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos sanitários considerou segura a vacina para ser administrada em crianças com mais de 5 anos. Desde então, recebemos informação através de diferentes organismos, como a OMS ou a Associação Espanhola de Pediatria, que nos transmitem que a vacina é segura e que a vacinação das crianças é benéfica.
Mas, sabemos realmente quais são os objetivos da vacinação da população pediátrica? O Comité de Vacinação da Associação Espanhola de Pediatria dá as seguintes explicações:
- Contemplar o direito da criança à sua proteção.
- Conseguir espaços educativos seguros, que permitam uma escolaridade normal, relações interpessoais e o bem-estar psico-emocional.
- Alcançar a imunidade de grupo.
- Diminuir a circulação do vírus e o aparecimento de novas variantes.
- A OMS reconhece que vacinas as crianças é um benefício, mas é menos urgente que outras fixas etárias.
Se está a pensar vacinar os seus filos, outra das questões que estará a equacionar será… Como é que o vírus realmente afeta as crianças? Deixo-vos dados oficiais:
- As crianças não são os grandes transmissores do vírus, nem os não transmissores. O normal é que seja um adulto a contagiar a criança, mas uma vez contagiado, este pode espalhá-lo.
- A taxa de hospitalização de crianças é de 4 a 6 por cada mil infetados.
- A letalidade é muito baixa em crianças, apenas 2 em cada 100.000 contagiados.
- A maioria passará pelo vírus, como se se tratasse de uma constipação ou de uma gripe.
- Existem problemas associados ao COVID em crianças, como o Síndrome Inflamatório Multissistémico Pediátrico (SIMP), que pode ser grave e letal, mas a maioria das crianças melhoram com o tratamento e o podem ficar com Síndrome do COVID persistente, mas menos frequente que nos adultos (pode ocorrer em 2-14% das crianças que tiveram a doença, sendo mais frequente em adultos).
E agora que esclarecemos algumas dúvidas importantes… Como é realmente a vacina COVID nas crianças?
- A vacina aprovada para as crianças entre os 5 e os 11 anos é a Comirnaty, e apenas contem um terço de ARNm das vacinas aprovação para as crianças a partir dos 12 anos e adultos.
- Foi demostrada a eficácia nos estudos realizados até à data.
- Muito se tem falado sobre os efeitos adversos, como a anafilaxia ou a perimiocardite, mas ocorrem em menos de 1 criança em cada 10.000 vacinados.
Temos toda a informação na mesa… mas, então vacinamos as crianças ou não?
Partiendo de que, como ya hemos dicho las recomendaciones de los organismos oficiales son vacunar a los niños mayores de 5 años, y que también hemos visto que tiene beneficios para toda la comunidad, puedes valorar de manera personal, los siguientes aspectos:
- Avaliar a situação de cada criança, se tiver algum fator de risco ou estiver em contacto com pessoas/familiares em risco, a vacinação é mais do que recomendada.
- Na onda da pandemia em que nos encontramos, as crianças estão a ser uma população alvo, e é claro que a vacinação demonstrou que ajuda a conter a transmissão do vírus.
Dito isto, cada unidade familiar coloca as suas circunstâncias na balança para tomar uma decisão. Já tomou a sua?
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